duas datas, próximas, unidas em
duas grandes figuras literárias
-- a 28.09.1864 (há 150 anos portanto) morria
Laurindo Rabello; a 29.09.1908 Machado de Assis
não se terá, nunca haverá tom ou timbre fúnebre aqui : morreram na vida, ambos, iniciaram
nesses dias a eternização na Literatura Brasileira.
_____________
“O Brasil acaba de perder um dos seus primeiros poetas. Se ele tem em
alguma conta a glória das musas, o dia em que um destes espíritos deixa a
terra, para voar à eternidade, deve ser um dia de luto nacional.
E aqui o luto seria por um duplo motivo: luto por mágoa e luto por
vergonha. Mágoa da perda de um dos
maiores engenhos da nossa terra, talento robusto e original, imaginação
abundante e fogosa, estro arrojado e
atrevido. Vergonha de haver deixado inserir no livro da nossa história a página
negra do abandono e da penúria do poeta,
confirmando hoje, como no século de Camões, a dolorosa verdade destes versos:
O favor com que mais
se acende o engenho
Não no dá a pátria,
não, que está metida
No gosto da cobiça, e
na rudeza
De uma austera,
apagada e vil tristeza.
Todos sabem que a vida de Laurindo Rabello foi uma longa série de
martírios. Se não tivesse altas e legítimas aspirações, como todos os que
sentem vibrar em si uma corda divina, os padecimentos ser-lhe-iam menos
sensíveis; mas, cheio daquela vida intelectual que o animava, dotado de asas
capazes de subir às mais elevadas esferas, o poeta sentia-se duplamente
martirizado, e a sua paixão atingia proporções dos maiores exemplos de que reza
a história literária de todos os países.
A figura de Prometeu é uma figura gasta em alambicados necrológios; mas
eu não sei de
outra que melhor possa representar a existência atribulada deste
infeliz poeta, espicaçado, não por um, mas por dois abutres, a fatalidade e a
indiferença. A fatalidade — se é lícito invocar este nome — assentou-se-lhe no
lar doméstico, desde que ele abriu olhos à vida; mas, se ao lado dela não se
viesse depois sentar a indiferença, a vida do poeta seria outra, e aquele
imenso espírito não teria atravessado por este mundo — amargurado e angustiado.
Consola um pouco saber que, na via dolorosa que o poeta percorreu, se
já lhe não assistia a fé nos homens, nunca se lhe amorteceu a fé em Deus. Os
sentimentos religiosos de Laurindo Rabello eram os mais profundos e sinceros;
ele tinha em si a consciência da justiça divina, em quem esperava, como o
último refúgio dos desamparados deste mundo. Em seus últimos momentos deu ainda
provas disso; o seu canto do cisne foi uma oração que ele improvisou para
ajudar-se a morrer. Os que ouviram essa inspiração religiosa dizem que não se
podia ser nem mais elevado nem mais comovente. Assim acabou o poeta cristão.
Laurindo Rabello era casado há alguns anos. A família foi então para
ele o santuário do seu coração e o asilo da sua musa. Os seus labores nestes
últimos tempos tendiam a deixar à companheira dos seus dias uma garantia de
futuro. Não tinha outras ambições.
Um grande talento, uma grande consciência, um grande coração, eis o que
se perdeu em Laurindo Rabello. Do talento ficam aí provas admiráveis, nos
versos que escreveu e andam dispersos em jornais e na memória dos amigos. Era
um poeta na verdadeira acepção da palavra; estro inspirado e imaginação
fecunda, falando a língua de Bocage e admirando os que o ouviam e liam, tão
pronta era a sua musa, tão opulenta a sua linguagem, tão novos os seus
pensamentos, tão harmoniosos os seus versos.
Era igualmente uma grande consciência; consciência aberta e franca,
dirigida por aquele rigorismo de Alceste, que eu ouvi censurar a mais de um
Filinto do nosso tempo. O culto da justiça e a estima do bem eram-lhe iguais
aos sentimentos de revolta produzidos pela injustiça e pelo mal. Ele
desconhecia o sistema temperado de colorir os vícios medíocres e cantar as
virtudes ilusórias.
Quanto ao coração, seus amigos e companheiros sabem se ele o tinha
grande e nobre. Quando ele se abria, aos afetos era sempre sem reservas nem
refolhos; sabia amar o que era digno de ser amado, sabia estimar o que era
digno de ter estima.
Se este coração, se esta consciência, se este talento acaba de fugir
aos nossos olhos, a pátria que o perdeu
deve contar o dia da morte dele na lista dos seus dias lutuosos.
Há oito dias comemorava eu uma perda literária do país; hoje comemoro
outra, e Deus sabe quantas não sucederão ainda nesta época infeliz para as
musas! — Assim se vão as glórias pátrias, os intérpretes do passado diante das
gerações do futuro, os que sabem, no turbilhão que leva as massas irrefletidas
e impetuosas, honrar o nome nacional e construir o edifício da grandeza da
pátria.
Ouço que se pretende fazer uma edição dos escritos de Laurindo Rabello.
É um duplo dever e uma dupla
necessidade; o produto auxiliará a família viúva; a obra tomará lugar na
galeria literária do Brasil.
Quanto a ti, infeliz poeta, pode-se dizer hoje o que tu mesmo dizias em
uma hora de amarga tristeza:
A tua triste existência
Foi tão pesada e tão
dura,
Que a pedra da sepultura
Já te não pode pesar.
assim escreveu Machado de Assis,
no Diário do Rio de Janeiro ,em
crônica a 03.10.1864, cinco dias depois da morte de Laurindo Rabello.
.....................
A par
do (significativo) fato de nos encontrarmos no sesquicentenário de sua morte
(1864), quem foi afinal Laurindo Rabello ?
Foi renomado poeta romântico,
identificado na vertente do Ultra-romantismo
– só que no delineamento dos
autores e obras representativos do romantismo literário brasileiro, normalmente não está incluído como dos
grandes nomes, ao lado de Gonçalves Dias, Gonçalves Magalhães, Fagundes Varela,
Casimiro de Abreu, Castro Alves, por exemplo;
mas deveria, sob todos os
aspectos,sentidos e pontos de vista ter
lugar honroso nos manuais canônicos de Literatura brasileira.
Sim, Laurindo foi dos mais
famosos e estimados poetas brasileiros do seu tempo, mercê de acentuado teor de
crítica social e diversidade temática
nos variados estilos lírico, burlesco, épico, satírico, e por vezes,
erótico e obsceno (nos “Poemas livres”, editados postumamente em 1882
por eles, foi cognominado "o Bocage brasileiro" ) presentes em suas
composições; a rigor, um atributo que
mais impressionasse seus contemporâneos e o tornasse bastante popular
fosse o talento para os improvisos – repentista, compositor e cantor de modinhas e lundus
(alguns presentes nesta coletânea) , era bem recebido e aclamado em todos os
salões, “o desejado de todas as reuniões
sociais e musicais”, carinhosamente apelidado "o poeta lagartixa"
pela maneira espontânea e alegre de
viver, o jeito desengonçado de se trajar, andar e comportar.
Tamanha sua importância literária
e intelectual que foi profunda e intensamente comentado por críticos
proeminentes como Silvio Romero, José Veríssimo, Antonio Candido e Alfredo
Bosi, entre outros; tal sua relevância bibliográfica formidável
que é o volume de sua produção
poética , seja assim propriamente dita,
seja em composições musicais, publicadas,
notadamente pos-mortem : são 13 obras
poéticas, 11 antologias específicas, 1 seleta e 16 coletâneas de
modinhas,lundus e canções -- além do
conjunto fescenino , reunidos nos
“Poemas livres”.
[ * em tempo : finalizo a preparação – ainda sem editor – de duas
obrinhas (não no sentido reducionista mas porque de breves extensão e formato)
a ele inerentes : “Inéditos de Laurindo Rabello (poemas,
folhetim, modinhas e lundu)”-- em nenhuma de suas obras publicadas, das que
mencionei acima, aparecem os textos que recolhi ,por isso mesmo inéditos, pela primeira vez dados à luz que não nos
periódicos de publicação original -- e
“Fesceninos de Laurindo Rabello”.]
-----------------------
Foi na Sociedade Petalógica,
sociedade literária e artística criada em 1853 por Paula Brito, que reunia
literatos e intelectuais (freqüentada
pelas figuras de maior relevo daquele
tempo, reunindo todo o movimento
romântico de 1840-60, dos poetas Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Araújo
Porto-Alegre,Laurindo Rabello a romancistas como Joaquim Manuel de Macedo,
Manuel Antonio de Almeida,, Teixeira e Souza, dos compositores Francisco Manuel da Silva ao ator João
Caetano, além de personalidades como os
ministros José da Silva Paranhos, o barão do Rio Branco, Eusébio de Queiroz, o
senador Francisco Otaviano, líderes da sociedade como Antonio Maciel Monteiro,
os jornalistas Joaquim de Saldanha Marinho e Firmino Rodrigues ), que Machado
de Laurindo conviveram pessoalmente nos anos finais de 1850 e nos primeiros de
1860; inclusive colaboraram contemporaneamente na Marmota Fluminense (com esse título de 1854 a 1857) e A Marmota (de 1857 a 1859) – a rigor, o
jornal e a Petalógica, assim como a tipografia, a livraria e a editora mantidas
por Paula Brito, todas integradas entre si,
são faces e vertentes de uma coisa só, da mesma realidade que fez de
Paula Brito uma das mais importantes figuras da história jornalística,
editorial, cultural e literária brasileiras [muito já escrevi sobre ele, muito
há de se escrever para dar a conhecer, mais e mais, e difundir sua existência e notável trabalho que realizou : "o
primeiro editor digno deste nome que houve entre nós", em citação de
Machado de Assis, exerceu papel fundamental no desenvolvimento não apenas da
carreira literária de Machado mas de muitos outros escritores, em meados do
século XIX; foi o primeiro editor a publicar trabalhos de literatos
brasileiros como ‘empreendimento de
risco’ e não mediante pagamento por parte do autor, como se praticava na época,
pela primeira vez, um romancista ou um poeta brasileiro sendo publicado em livro e pago por isso. Ao mesmo tempo, as publicações
de Paula Brito, ao contrário do comum na época, concentradas em administração,
política e informações práticas para os homens de negócios, dirigiam- se muito mais para o “leitor comum”
e sobretudo criando um público leitor
feminino, ávido por literatura romanesca, influenciada pelos
franceses,suficientemente numeroso para alterar as características do mercado :
o volume de periódicos de Paula Brito
dirigidas às mulheres, iniciado ainda em 1832 com a pioneira revista feminina A Mulher do Simplício, ou A fluminense
exaltada, sucedida por A Marmota
Fluminense, depois A Marmota, evidencia o quanto consciente era da existência, e força, desse novo público leitor
feminino.
Tanto quanto o jornal, a
livraria, a editora, a tipografia, a Petalógica – talvez até mais do que eles
-- a música conferiu a Paula Brito muito mais
receptividade e visibilidade populares: em casa, organizou famosos encontros,
entre músicos populares e poetas letrados; na tipografia, editava partituras, divulgava letras e títulos
musicais –contribuindo decisivamente para a propagação , por exemplo, da
modinha e do lundu, dados pelos especialistas como os primeiros, os originais gêneros musicais brasileiros.
.
Entre os freqüentadores das
reuniões musicais em casa de Paula Brito, além dos encontros na Petalógica,
estava Laurindo Rabello, poeta – desde
cedo exercitado nos mais variados
estilos de poesia, lírico, burlesco, erótico, obsceno, satírico, épico -- mas
também (ele dizia “principalmente”, repentista, cantor e compositor de modinhas
e de lundus, criando inclusive um estilo inconfundível de composição e impressionando
a todos pelo incrível talento para os
improvisos.
Alexandre Mello Moraes – em Cantares brasileiros: cancioneiro fluminense
(Rio de Janeiro, 1981) -- escreveu que “nas boas salas desta capital, um rapaz alto
e moreno, magro e de ombro levantado, sempre retorcendo o espesso bigode negro,
dominava em noites de saraus a onda dos convivas, fascinando pelos repentes e
pela palavra, governando a seu capricho o entusiasmo e os aplausos, os risos ou
mesmo as lágrimas.(...) Improvisador
fácil, era depois de adiantada hora da noite que as mais calorosas palmas e
gostosas gargalhadas vitoriavam-lhe na saída dos lundus especiais, só ouvidos
por homens, a um canto das mesas, aos acelerados e vibrantes arpejos de seus
floreados acompanhamentos.dentre esses lundus em voz baixa, de repertório
secreto e inédito, tornavam-se inexcedíveis os de Laurindo, belos trocadilhos
chistosos, pelo sentido equívoco das palavras...”
-- um lundu de Laurindo cheio de sutilezas :
Eu
possuo uma bengala
Da maior estimação,
É feita da melhor cana
E tem o melhor castão.
A minha bela caseira
Toda inteira se arrepia
Quando três vezes por dia
Dou bengaladas nela.
[ - e concluía:
“Lhe ficando a bengalada”
remate que provocava apartes e insinuações
picantes e muita hilariedade.]
A propósito: para quem não sabe,
Machado de Assis também compôs músicas, como
* “Cantata da Arcádia” (poesia de
Machado de Assis e música de José Amat, escrita especialmente para o sarau
literário e artístico na Arcádia
Fluminense, em 25.11.1865; dada como perdida).
* “Lua da Estiva Noite” (poesia de Machado
de Assis e música de Artur Napoleão, serenata, para canto, piano e flauta; publicada no cancioneiro Ecos do Passado -- Primeiro álbum de Romances para canto com
acompanhamento de piano por Artur Napoleão, Rio de Janeiro, s.d.).
Lua da estiva noite !
Que surges no horizonte !
Vai por além do monte
Cair! Cair! Cair !
A virgem dos meus sonhos
Não vês dormir !
Dormir !
Vento da estiva noite,
Que andas soprando as vagas,
Vai nas remotas plagas
Rugir ! Rugir ! Rugir !
A virgem dos meus sonhos
Não vês dormir !
Dormir !
Sonho da estiva noite,
Visão suave e bela,
Vem sobre a fronte dela
Sorrir ! Sorrir ! Sorrir!
A virgem dos meus sonhos
Não vês dormir !
Dormir !
_______________
Na imprensa fluminense das
décadas de 1850 e 1860, foi bastante
fértil – de ambos os lados – ‘convivência jornalístico-literária’ entre Laurindo
Rabello e Machado de Assis.
______________________________________________________________________laurindo
rabello \ machado de assis
Inventário-raisonné de ‘convivência jornalística’
na Marmota Fluminense 1855
|
|
-- Laurindo
Rabello
|
*
21.01.1855,
|
poema “As potências do
Ocidente”
|
___________________________________
|
-- Machado
de Assis
|
* 12.01.1855
|
poema “Ela”
|
* 16.01.1855
|
poema “A palmeira”
|
* 20.03.1855
|
poema “A saudade”
|
* 01.05.1855
|
poema “Saudades”
|
* 18.05..1855
|
poema “Julia”
|
* 01.06.1855
|
poema “Lembranças de amor”
|
* 15.07.1855
|
poema “Teu canto : a uma italiana”
|
* 17.07..1855
|
poema “A lua”
|
* 24.07.1855
|
poema “Meu anjo”
|
* 10.08..1855
|
poema “Um sorriso”
|
* 12.08.1855
|
poema “Como te amo”
|
* 14.08.1855
|
poema “Paródia”
|
* 05.10.1855
|
poema “A saudade”
|
* 09.10.1855
|
poema “No álbum do Sr. F.G. Braga”
|
* 21.10.1855
|
poema “A uma menina”
|
* 28.10..1855
|
poema “O gênio adormecido”
|
* 02.11.1855
|
poema “O profeta(fragmento)”
|
* 23.11.1855
|
poema “O Pão d’Açúcar”
|
* 02.12.1855
|
poema “Soneto a S.M. o imperador, senhor D. Pedro II”
|
|
na Marmota
Fluminense 1857
|
|
--
Laurindo Rabello
|
|
* 02.01.1857
|
poema “O gênio e a Morte”
|
*. 06.01.1857
|
poema “No album d’uma senhora”
|
*
09.011857,
|
poema “Estragos de amor”
|
* 13.01.1857
|
poema “A minha resolução”
|
* 16.01.1857
|
poema “A linguagem dos tristes”
|
* 20.01.1857
|
poema “Aos anos do meu prezado
amigo/ José Pedreira França”
|
*
23.01.1857,
|
poema “Aos anos do meu prezado amigo José Pedreira França”
(continuação).
|
*
30.01.1857
|
poema “Epicédio: À morte do doutor José de Assis Alves Muniz Barreto”
|
*
03.02.1857
|
poema “Epicédio:À morte do doutor José de Assis Alves Muniz Barreto”
(continuação).
|
* 10.02.1857
|
poema “ Sobre o túmulo do marechal Pedro Labatu”t.
|
*
13.02.1857
|
poema “ Adeus ao Mundo”
|
* 17.02.1857
|
poema “A minha vida : Ao meu amigo e colega A. J. Rodrigues da Costa”
|
* 24.02.1857
|
poema “Amor e lágrimas”
|
*
03.03.1857
|
poema “A saudade branca”
|
* 13.03.1857
|
poema “Ao meu amigo e mestre o senhor
Francisco Moniz Barreto”.
|
* 05.05.1857
|
poema “Rondó”
|
poema “Charadas: Todas vez que ela vem”
|
poema “Outra: Fui fazer minha
morada”
|
* 19.05.1857
|
poema “Motes: Hei de, mártir de amor, morrer te amando; É carpir,
delirar, morrer por ela.”
|
|
--
Machado de Assis
|
* 15.09.1857
|
poema “Não?”
|
* 15-18-29.09—06-.10-06.11-04.12.1857
|
tradução (prosa) “A literatura durante a Restauração”(Lamartine)
|
* 02.10..1857
|
poema “Resignação”
|
*23.10.1857
|
poema “Amanhã”
|
* 22.12.1857
|
poema “A ***”
|
* 25.12.1857
|
poema “Deus em ti”
|
|
em A Marmota 1858
|
|
--
Laurindo Rabello
|
* 29.06.1858
|
poema “Aos anos de um
respeitável ancião”
|
* 24.08.1858
|
poema “À d. Carlota Milliet”
|
|
-- Machado
de Assis
|
* 05.01.1858
|
conto “Três tesouros perdidos”
|
* 08.01.1858
|
poema “O sofá”
|
* 12.01.1858
|
poema “Álvares de Azevedo”
|
* 26.01.1858
|
poema “Vai-te”
|
* 16.02.1858
|
poema “Esta noite”
|
* 05- 16- 26.03.1858
|
artigo “Os cegos”
|
* 23.03.1858
|
poema “Reflexo”
|
* 02.04.1858
|
poema “A morte no calvário”
|
* 09.04.1858
|
ensaio “O passado, o presente e o futuro da literatura”
|
|
em A Marmota 1859
|
|
-- Laurindo
Rabello
|
* 25.02.1859
|
poema “Dois impossíveis”
|
* 15.04.1859
|
poema “Mote: Beijo a mão que me condena”
|
* 06.05.1859
|
poema “Teus olhos”
|
* 10.05.1859
|
modinha “Que mais desejas ?”
|
* 31.05.1859
|
poema “As lagrimas”
|
* 03.06.1859
|
poema “Ao octagésimo segundo
aniversário do Illm. snr. João Antonio
da Trindade
|
* 07.06.1859
|
poema “Saudades”
|
* 17.06.1859
|
poema “Epigrama: Tratou Maria os meus versos”.
|
* 05.07.1859
|
poema “Ao batismo de dois meninos”
|
|
* 20.12.1859
|
poema “Colcheia : Um só momento de amor”
|
poema “Outra : Uma ingrata, uma inconstante”
|
|
-- Machado
de Assis
|
*
10-13-17.05--03-14.06—26-30.08.1859
|
-- conto(tradução) “Bagatela”
|
*
04.10.1859
|
-- artigo “Coisas que são maçantes”
|
|
em A Marmota 1860
|
|
--
Laurindo Rabello
|
* 07.02.1860
|
poema “Mote a prêmio: As potências do Ocidente”
|
*
02.03.1860
|
poema “Mote: Um pensamento de morte”
|
*
06.04.1860
|
poema “À minha terra natal”
|
*
21.09.1860
|
modinha “Que mais desejas?”
|
* 26.10.1860
|
poema “Epístola”
|
______________________________________________________________________
|
mr
Em outros tempo e espaço de convivência
jornalística, Laurindo e Machado colaboraram em O Espelho – de conteúdo de matérias variadas, como romances
(originais ou traduzidos), crônicas,
artigos sobre literatura, artes,
poesia e também seções dirigidas especificamente às mulheres. Machado de Assis
desde a criação do periódico nele atuou
intensamente , inclusive mantendo a seção permanente “Revista dos teatros”, de
notícias e crítica teatrais; Laurindo começou a colaborar a partir do número
13, assim anunciado pela redação do jornal :“Os nossos leitores conhecem sem dúvida uma das bonitas penas que desta
redação já faz parte, o sr. Machado de Assis; além deste sr., tomará também
parte na redação o sr. L. J. da Silva Rabelo, cujas belíssimas poesias mais de
uma vez terão apreciado”.
|
em O Espelho
|
______________________________________________________
|
-- Laurindo
Rabello
|
* 18.09.1859
|
poema “Desalento”
|
* 09.10.1859
|
poema “À morte de Junqueira Freire”
|
* 11.12.1859
|
poema “As duas redenções”
|
|
- Machado de Assis
|
* 04.09.1859
|
poema “A estrela da tarde”
|
* 08- 25.09.1859
|
artigo “Os imortais(lendas) : I- O caçador de Harz; II- O marinheiro
batavo; III-
|
* 11-18.09-09- 16- 30.10.1859
|
artigo “Aquarelas: I- Os fanqueiros literários; II- O parasita; III –
O empregado público aposentado; IV – O folhetinista.”
|
* 11- 18- 25.09- 02-09-16- 23- 30.10 –06-13-
20- 27.11--04- 11- 18-25.12.1859
|
seção “Revista dos teatros”
|
* 18.09.1859
|
poema “Ao proscrito Ch. Ribeyrolles”
|
* 25.09- 02.10- 25.12.1859
|
ensaio “Idéias sobre o teatro”
|
* 23.10.1859
|
poema “Sonhos”
|
* 23.10.1859
|
artigo “A reforma pelo jornal”
|
* 27.11.1859
|
poema “Um nome (no álbum da Exma. Sra. D. Luisa Amat)”
|
* 18.12.1859
|
poema “Travessa”
|
* 25.12.1859
|
poema “A d. Gabriela da Cunha”
|
_____________________________________________________________________
|
mr
Por sua vez, o Diário do Rio de Janeiro publicou, de
Laurindo Rabello, em 11.10.1864, postumamente portanto, o último poema escrito
por ele, “Canto do cisne” – inclusive apondo um paratexto : “Feito pelo Sr. Dr.
Laurindo Rabello no seu leito de morte, a 25 de setembro de 1864, tendo falecido
a 28 desse mesmo mês.”
Neste ano de 1864, foi nas
páginas do Diário do Rio de Janeiro, a
03.10, que Machado de Assis – então ativo redator, com a série de crônicas “Ao
Acaso” (05.07-29.11.1864/16.05.1865) – expressou a emocionada homenagem póstuma
ao companheiro Laurindo Rabello.
_____________
Mauro Rosso
set’2014